Ola galera!! feliz 2014!!!
Eu li este artigo sobre a geração Y e os " Gypsy" e achei muito interessante postar
aqui no blog da AMEE . Admito que na moda e no design esse comportamento é frequente! Uma boa leitura e um pouco de esclarecimento pode facilitar sua vida daqui por diante.
Enjoy!
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Esta é a Ana.
Ana é parte da Geração
Y, a geração de jovens nascidos entre o fim da década de 1970 e a metade da
década de 1990. Ela também faz parte da cultura Yuppie, que
representa uma grande parte da geração Y.
“Yuppie” é uma derivação
da sigla “YUP”, expressão inglesa que significa “Young Urban Professional”, ou
seja, Jovem Profissional Urbano. É usado para referir-se a jovens profissionais
entre os 20 e os 40 anos de idade, geralmente de situação financeira
intermediária entre a classe média e a classe alta. Os yuppies em geral possuem
formação universitária, trabalham em suas profissões de formação e seguem as
últimas tendências da moda. - Wikipedia
Eu dou um nome para
yuppies da geração Y — costumo chamá-los de “Yuppies Especiais e Protagonistas
da Geração Y”, ou “GYPSY” (Gen Y Protagonists & Special Yuppies). Um GYPSY é um tipo especial de yuppie, um tipo que
se acha o personagem principal de uma história muito importante.
Então Ana está lá,
curtindo sua vida de GYPSY, e ela gosta muito de ser a Ana. Só tem uma pequena
coisinha atrapalhando:
Ana está meio infeliz.
Para entender a fundo o
porquê de tal infelicidade, antes precisamos definir o que faz uma pessoa
feliz, ou infeliz. É uma formula simples:
É muito simples — quando a realidade da vida de alguém está melhor do
que essa pessoa estava esperando, ela está feliz. Quando a realidade acaba
sendo pior do que as expectativas, essa pessoa está infeliz.
Para contextualizar
melhor, vamos falar um pouco dos pais da Ana:
Os pais da Ana nasceram
na década de 1950 — eles são “Baby
Boomers“. Foram criados pelos avós da Ana, nascidos entre 1901 e 1924, e
definitivamente não são GYPSYs.
Na época dos avós da
Ana, eles eram obcecados com estabilidade econômica e criaram os pais dela para
construir carreiras seguras e estáveis. Eles
queriam que a grama dos pais dela crescesse mais verde e bonita do que eles as
deles próprios. Algo assim:
Eles foram ensinados que
nada podia os impedir de conseguir um gramado verde e exuberante em suas
carreiras, mas que eles teriam que dedicar anos
de trabalho duro para fazer isso acontecer.
Depois da fase de
hippies insofríveis, os pais da Ana embarcaram em suas carreiras. Então nos
anos 1970, 1980 e 1990, o mundo entrou numa era sem precedentes de prosperidade econômica. Os pais da Ana se saíram
melhores do que esperavam, isso os deixou satisfeitos e otimistas.
Tendo
uma vida mais suave e positiva do que seus próprios pais, os pais da Ana a
criaram com um senso de otimismo e possibilidades infinitas. E eles não estavam
sozinhos. Baby Boomers em todo o país e no mundo inteiro ensinaram seus filhos da geração Y que eles poderiam ser o que
quisessem ser, induzindo assim a uma identidade de protagonista especial lá em
seus sub-conscientes.
Isso deixou os GYPSYs se
sentindo tremendamente esperançosos em relação à suas carreiras, ao ponto de
aquele gramado verde de estabilidade e prosperidade, tão sonhado por seus pais,
não ser mais suficiente. O gramado digno de um
GYPSY também devia ter flores.
Isso nos leva ao
primeiro fato sobre GYPSYs:
GYPSYs são ferozmente
ambiciosos
O GYPSY precisa de muito
mais de sua carreira do que somente um gramado verde de prosperidade e
estabilidade. O fato é, só um gramado verde não é lá tão único e extraordinário
para um GYPSY. Enquanto seus pais queriam viver o sonho da prosperidade, os
GYPSYs agora querem viver seu próprio sonho.
Cal Newport aponta que
“seguir seu sonho” é uma frase que só apareceu nos últimos 20 anos, de acordo
com o Ngram Viewer, uma ferramenta do Google que mostra quanto uma determinada
frase aparece em textos impressos num certo período de tempo. Essa mesma
ferramenta mostra que a frase “carreira estável” saiu de moda, e também
que a frase “realização profissional” está muito popular.
Para
resumir, GYPSYs também querem prosperidade econômica assim como seus pais –
eles só querem também se sentir realizados em suas carreiras, uma coisa que
seus pais não pensavam muito.
Mas outra coisa está
acontecendo. Enquanto os objetivos de carreira da geração Y se tornaram muito
mais específicos e ambiciosos, uma segunda
ideia foi ensinada à Ana durante toda sua infância:
Este é provavelmente uma
boa hora para falar do nosso segundo fato sobre os GYPSYs:
GYPSYs vivem uma ilusão
Na cabeça de Ana passa o
seguinte pensamento: “mas é claro… todo mundo vai ter uma boa carreira, mas
como eu sou prodigiosamente magnífica, de um jeito fora do comum, minha vida
profissional vai se destacar na multidão”. Então se uma geração inteira tem
como objetivo um gramado verde e com flores, cada indivíduo GYPSY acaba
pensando que está predestinado a ter algo ainda melhor:
Um unicórnio reluzente
pairando sobre um gramado florido.
Mas por que isso é uma
ilusão? Por que isso é o que cada GYPSY pensa, o que põe em xeque a definição
de especial:
es-pe-ci-al
| adjetivo
melhor, maior, ou de algum modo
diferente do que é comum
De acordo com esta
definição, a maioria das pessoas não são especiais,
ou então “especial” não significaria nada.
Mesmo depois disso, os
GYPSYs lendo isto estão pensando, “bom argumento… mas eu realmente sou um
desses poucos especiais” – e aí está o problema.
Uma outra ilusão é
montada pelos GYPSYs quando eles adentram o mercado de trabalho. Enquanto os
pais da Ana acreditavam que muitos anos de trabalho duro eventualmente os
renderiam uma grande carreira, Ana acredita que uma grande carreira é um
destino óbvio e natural para alguém tão excepcional como ela, e para ela é só
questão de tempo e escolher qual caminho seguir. Suas expectativas pré-trabalho são mais ou menos assim:
Infelizmente, o mundo
não é um lugar tão fácil assim, e curiosamente carreiras tendem a ser muito
difíceis. Grandes carreiras consomem anos de sangue, suor e lágrimas para se
construir – mesmo aquelas sem flores e unicórnios – e mesmo as pessoas mais bem sucedidas raramente vão estar fazendo
algo grande e importante nos seus vinte e poucos anos.
Mas os GYPSYs não vão
apenas aceitar isso tão facilmente.
Paul Harvey, um
professor da Universidade de New Hampshire, nos Estados Unidos, e expert em
GYPSYs, fez uma pesquisa onde conclui que a geração Y tem “expectativas fora da
realidade e uma grande resistência em aceitar críticas negativas” e “uma visão
inflada sobre si mesmo”. Ele diz que “uma
grande fonte de frustrações de pessoas com forte senso de grandeza são as
expectativas não alcançadas. Elas geralmente se sentem merecedoras de respeito
e recompensa que não estão de acordo com seus níveis de habilidade e esforço, e
talvez não obtenham o nível de respeito e recompensa que estão esperando”.
Para aqueles contratando
membros da geração Y, Harvey sugere fazer a seguinte pergunta durante uma
entrevista de emprego: “Você geralmente se sente superior aos seus colegas de
trabalho/faculdade, e se sim, por quê?”. Ele diz que “se o candidato responde
sim para a primeira parte mas se enrola com o porquê, talvez haja um senso
inflado de grandeza. Isso é por que a percepção da grandeza é geralmente
baseada num senso infundado de superioridade e merecimento. Eles são levados a acreditar, talvez por causa dos
constantes e ávidos exercícios de construção de auto-estima durante a infância,
que eles são de alguma maneira especiais, mas na maioria das vezes faltam
justificativas reais para essa convicção”.
E como o mundo real
considera o merecimento um fator importante, depois de alguns anos de formada,
Ana se econtra aqui:
A extrema ambição de
Ana, combinada com a arrogância, fruto da ilusão sobre quem ela realmente é,
faz ela ter expectativas extremamente altas,
mesmo sobre os primeiros anos após a saída da faculdade. Mas a realidade
não condiz com suas expectativas, deixando o resultado da equação “realidade –
expectativas = felicidade” no negativo.
E a coisa só piora. Além
disso tudo, os GYPSYs tem um outro problema, que se aplica a toda sua geração:
GYPSYs
estão sendo atormentados
Obviamente, alguns
colegas de classe dos pais da Ana, da época do ensino médio ou da faculdade,
acabaram sendo mais bem-sucedidos do que eles. E embora eles tenham ouvido
falar algo sobre seus colegas de tempos em tempos, através de esporádicas
conversas, na maior parte do tempo eles não sabiam realmente o que estava se
passando na carreira das outras pessoas.
A Ana,
por outro lado, se vê constantemente atormentada por um fenômeno moderno:
Compartilhamento de Fotos no Facebook.
As redes sociais criam
um mundo para a Ana onde: A) tudo o que as outras pessoas estão fazendo é
público e visível à todos, B) a maioria das
pessoas expõe uma versão maquiada e melhorada de si mesmos e de suas realidades,
e C) as pessoas que expôe mais suas carreiras (ou relacionamentos) são as
pessoas que estão indo melhor, enquanto as pessoas que estão tendo dificuldades
tendem a não expor sua situação. Isso faz Ana achar, erroneamente, que todas as
outras pessoas estão indo super bem em suas vidas, só piorando seu tormento.
Então é por isso que Ana
está infeliz, ou pelo menos, se sentindo um pouco frustrada e insatisfeita. Na
verdade, seu início de carreira provavelmente está indo muito bem, mas mesmo
assim, ela se sente desapontada.
Aqui vão meus conselhos
para Ana:
1) Continue ferozmente
ambiciosa. O
mundo atual está borbulhando de oportunidades para pessoas ambiciosas
conseguirem sucesso e realização profissional. O caminho específico ainda pode
estar incerto, mas ele vai se acertar com o tempo, apenas entre de cabeça em
algo que você goste.
2) Pare de pensar que
você é especial. O
fato é que, neste momento, você não é especial. Você é outro jovem profissional
inexperiente que não tem muito para oferecer ainda. Você pode se tornar
especial trabalhando duro por bastante tempo.
3)
Ignore todas as outras pessoas. Essa impressão de que o
gramado do vizinho sempre é mais verde não é de hoje, mas no mundo da
auto-afirmação via redes sociais em que vivemos, o gramado do vizinho parece um
campo florido maravilhoso. A verdade é que todas as outras pessoas estão
igualmente indecisas, duvidando de si mesmas, e frustradas, assim como
você, e se você apenas se dedicar às suas coisas, você nunca terá razão pra
invejar os outros.
Por: igor_johansen
Fonte
em português: http://qga.com.br/comportamento/jovem/2013/09/porque-os-jovens-profissionais-da-geracao-y-estao-infelizes
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Tat Marques
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