segunda-feira, 9 de novembro de 2009
STREET WEAR NÃO É URBAN WEAR
Rolou um debate sobre street wear no Pense Moda e achei bem legal os pontos questionados.
Eu sou estilista de street wear há uns 9 anos pelo menos, e sempre achei que o publico brasileiro não esta acostumado nem preparado para absorver a cultura de rua. Muitos tentam se aproximar desse conceito usando icones do grafite, skate, rap , rock mas não adianta pq não entendem do conceito, tanto quem consome quanto quem constroi. Inclusive no feminino, onde (infelismente) a cultura brasileira é quase indigena, poucas roupas e mulheres parecendo cada vez mais com um pavão para chamar atenção e ser a "gostosa". País do forro, funk, mulher melancia ( o cumulo da breguice)....essas são as referencias para as meninas se vestirem com vulgaridade para dizer que estão na moda e os homens (coitados) com esta referencia de mulher arraso(brega gostosa).... No fim, não passa tudo de uma falta imensa de cultura ,informação e conceito. Odeio a moda brasileira (vestidos de viscolycra florido com legging e sandalias douradas) e dos caras perdidos que não sabem mais apreciar um bom gosto....
Mas acredito muito que isso esta mudando. A informação esta globalizada e tem muitassss pessoas de bom gosto. É dividido e particular esse publico, mas é muito legal. Acredito que o Brasil esta caminahndo para uma cultura com mais informações, onde não será mais preciso mostrar bunda para se conseguir algo ou alguem .
tat
Conferem a materia sobre o assunto street wear( que eu acho que é totalmente diferente de urban wear...) :
A conversa passou por assuntos variados, incluindo consumo e lojistas mal preparados para vender esse tipo de produto. Carol Sanches definiu esse tipo de moda como urban wear, mencionando uma certa dificuldade do varejo compreender e aceitar idéias mais ousadas neste segmento. "É camiseta, bermuda de surfe, mas vestido é uma coisa mais difícil de lojista comprar. E tem mercado pra isso", declarou.
Quando questionada sobre a diferença entre o marketing de urbanwear para meninos e meninas, ela explicou. "No masculino você tem que focar em ‘core', campeonatos, coisas que confirmem a identidade da marca, seja ela de skate, de surf etc. No feminino dá pra investir em campanha e uma imagem mais arrumada, as meninas desse universo querem estar bonitas, sem ser empetacada demais", resumiu.
Até as mudanças de consumo entraram na roda. "A idéia de consumir é uma coisa relativamente feia. O colecionismo é um jeito de consumir sem culpa e de manter o espírito de uma época", falou Baixo. "Minha mulher ta na tua onda de colecionismo porque ela tem umas 100 bolsas", disparou Alberto, arrancando risos da platéia. "É Luis Vitão...", continuou, contando da sua trajetória. "Só virei político por causa da Cavalera, pra defender Sepultura, Ratos de Porão. Ninguém queria saber desses malucos."
Para ele, as pessoas hoje são estilistas do próprio armário. Elas transformam as peças usando do seu jeito. Fazendo várias piadas, na mesma sintonia do bom-humor debochado de sua marca. "A gente é pobrestar. A gente é duro e tira umas fotinhos aí pruns sites", brincou.
texto:SERGIO AMARAL-site Erika Palomino
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Um comentário:
Muito interessante o tópico, pois realmente, no Brasil muitas pessoas não se dão conta da importancia de uma peça de roupa ter uma indentidade ou não. E existe o lado do vendedor que tam bem desconhece a importancia do design da peça, e assim não tem instrução e nem capacidade suficiente para passar isso aos consumidores. Porem algumas marcas estão fazendo algo para inverter essa realidade, investindo cada vez mais em treinamento de lojistas, com visitas nas impresas palestas e workshops, essas iniciativas ,tem que acontecer sim, pois se não rolar , acaba sendo uma parada vazia e sem conceito nenhum. Mas tem bastante gente começando a prestar atenção no que estão consumindo, e esse é o fuco. Ainda teremos uma relidade de consumistas conscientes, isso depende do trampo das marcas da mídia em politizar o publico e "abrir os olhos" , pq essa confusão de tendencia e desconhecimento de valores atraves da vestimenta , tem que acabar!
É isso.
Davison Bob (skater,and Dsign)
Grande abraço Tati..
Style suas ideologias e trabalhos*
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